Meus poemas carregam marcas, disparam facas, contra minha própria existência.
Revivi as tristezas e todas as certezas, derretidas sobre as chamas ainda acesas que me queimam em ti! Haja gosto, desgosto em agosto para caber isso tudo.
Pixei em cada muro de nossas vidas essa história, está em cada labirinto erguido em nosso interior, de baixo de cada ponte.
Reconstruir a nossa história milhões de vezes, até achar uma versão boa o suficiente para acreditar. Me agarrei a ela, subi as paredes e logo comecei a encenar.
O cenário parecia bem real ao seu olhar, mas em teu peito ainda não havia disponível um lugar.
Me reformulei, mudei a feição em busca da sua atenção, pensei caber em seu mundo, mas sempre ouvia um não. Sou forma incompleta, em busca da descoberta, de onde me encaixar, não importa a distância, cedo ou tarde acharei meu lugar.
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